Adormeci
ao sabor do fim. Desculpas que são culpas ecoam na almofada, este o material dos
sonhos contemporâneos. A palavra que outrora girava em panóplias de cores
inacreditáveis tornou-se monocromática. Que cobarde. Vi-a fugir sorrateiramente pela
porta do fundo. Gritei-lhe com toda a alma, vai, vai e nunca mais voltes! Deixei-me
morrer na periferia, outra vez. Mas não chorei, eu nunca choro.
Raquel Dias
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