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23 de janeiro de 2011

pó.


Consome o que restou,
que sem me ser, não sou,
ingere o que permanece:
os fragmentos,
a cinza,
a poeira da minha pele.
Leva de mim para fora
esse nocivo outrora,
tudo o que persiste,
e insiste,
em forma de pó.

-Raquel Dias

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