(à flor da pele)
Também nós nos convertemos em nada,
eventualmente tudo se desvanece
tudo padece de efemeridade
tu e eu, mãos algures ancoradas,
jamais dadas pela cidade
ornamos o rosto com um sorriso triste
- não sei se sentiste a minha aflição
também nós nos convertemos em nada,
e na imensidão do universo
que mais seremos, senão versos,
fruto amargo das madrugadas?
Raquel Dias
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