o outono
aproxima-se, sinto-o na pele, sinto-o na alma, ainda que seja um ténue arrepio
ocasional…
da janela observo as manhãs em mutação,
o misticismo na lua que cresce,
na mão que me despe a memória,
parece demasiado distante,
e no entanto,
o bafo do verão já muda de trajectória
(quero que saibas que procurei-te pela praia,
devastei quilómetros, marés assombrosas,
fiz-te prosa nas madrugadas tristes,
mas tu preferiste não ser encontrado,
agora o outono amanhece-me o caminho, arrefece-me o desejo,
não serás mais que o espinho de sempre)
é tempo de partir como a folha que cai,
sinto-o na pele, sinto-o na alma,
o outono devolve-me a calma de uma ave migratória
da janela observo as manhãs em mutação,
o misticismo na lua que cresce,
na mão que me despe a memória,
parece demasiado distante,
e no entanto,
o bafo do verão já muda de trajectória
(quero que saibas que procurei-te pela praia,
devastei quilómetros, marés assombrosas,
fiz-te prosa nas madrugadas tristes,
mas tu preferiste não ser encontrado,
agora o outono amanhece-me o caminho, arrefece-me o desejo,
não serás mais que o espinho de sempre)
é tempo de partir como a folha que cai,
sinto-o na pele, sinto-o na alma,
o outono devolve-me a calma de uma ave migratória
Raquel Dias
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