simulamos uma cegueira recíproca,
pensamos e ensaiamos o mundo na solidão,
afinal,
estamos sempre sós ainda que a sós num verbo plural.
São as distracções, as comoções desmedidas que nos penetram o espírito,
os olhos líquidos que me reaparecem na memória…
(…no teu caso não sei)
¿y qué?
Levo constelações ao peito, transbordo asas e azares,
os mares fizeram-me assim,
a ti deram-te a dormência, a descrença, enfim, os mesmos infortúnios, presumo…
Aceitemos – porque não? - as distracções como parte integrante,
isto como algo feito à medida de loucos contemporâneos,
gente sem preconceitos ou preceitos tradicionais,
¿por qué no?
Raquel Dias
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