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28 de dezembro de 2013

desprezo soberano que torna a alma tão boa

"(...) não se apercebe de quanto é involuntária. e quanto, de segundo a segundo, se aproxima da perfeição diabólica. Admira o seu remorso e glorifica-se dele, enquanto vai a caminho de perder a sua liberdade. Eis pois o homem imaginado, o espírito que escolhi, chegado a esse grau de alegria e de serenidade em que é obrigado a admirar-se a si mesmo. Toda a contradição se desvanece, todos os problemas filosóficos se tornam límpidos, ou pelo menos assim parecem. Tudo é matéria de gozo. (...) Uma voz fala dentro de si (ai dele, é a sua!) e diz-lhe: Tens agora o direito de te considerares superior a todos os homens (...) Não possuis esse desprezo soberano que torna a alma tão boa?"


C. B. , 1860


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