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13 de junho de 2016

which witch





observo as maos alheias sei
a vida e a sentença nos traços
na carne viv
a e corrompida por
abraços fingidos
rancores antigos
desatinos que
teimam em regressar
à retina
sinto e vejo a
vergonha nas unhas
roídas nas
costas despidas que
em desespero buscam
olhares alheios vejo
o mundo inteiro nesta
bola de cristal 
de sal de
lágrimas corrosivas
a palavra em cursiva (just like a curse) que
fala em enigmas
e o paradigma de
ser-se
(dizem eles)
uma bruxa em
pleno século vinte e um
quando já nenhum
homem sequer quer
acreditar em magia...
quem diria que seria
meu o poder e
dever de adivinhar o
que tão divinamente
se encerra no
querer mais da própria vida...? 


Raquel Dias

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