observo as maos alheias sei
a vida e a sentença nos traços
na carne viva e corrompida por
abraços fingidos
a vida e a sentença nos traços
na carne viva e corrompida por
abraços fingidos
rancores antigos
desatinos que
teimam em regressar
à retina
desatinos que
teimam em regressar
à retina
sinto e
vejo a
vergonha nas unhas
roídas nas
costas despidas que
em desespero buscam
olhares alheios vejo
o mundo inteiro nesta
vergonha nas unhas
roídas nas
costas despidas que
em desespero buscam
olhares alheios vejo
o mundo inteiro nesta
bola de
cristal
de sal de
lágrimas corrosivas
de sal de
lágrimas corrosivas
a palavra em cursiva
(just like a curse) que
fala em enigmas
e o paradigma de
ser-se
(dizem eles)
uma bruxa em
pleno século vinte e um
fala em enigmas
e o paradigma de
ser-se
(dizem eles)
uma bruxa em
pleno século vinte e um
quando
já nenhum
homem sequer quer
acreditar em magia...
homem sequer quer
acreditar em magia...
quem
diria que seria
meu o poder e
dever de adivinhar o
meu o poder e
dever de adivinhar o
que tão
divinamente
se encerra no
querer mais da própria vida...?
se encerra no
querer mais da própria vida...?
Raquel Dias
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