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17 de outubro de 2011

"Fome", Knut Hamsun

Recentemente acabei de ler o livro “Fome” de Knut Hamsun, prémio Nobel da Literatura em 1920.
Confesso que me intriga e simultaneamente assombra que Hamsun tenha sido capaz de redigir uma história tão rica e complexa a partir de uma ideia aparentemente tão simples: a continua luta pela sobrevivência de um escritor na antiga Cristania (hoje Oslo).
O livro acaba por ser fabuloso tendo em conta o contexto da época e também a genialidade dos conflitos internos da personagem principal, bem como as suas divagações sobre as mazelas da sociedade.
Para apreciar um livro como este é necessário despir o hábito das narrativas compostas e entrar na pele da personagem; só assim é possível compreende-la nas suas constantes jornadas entre a lucidez e a demência e sobretudo admira-la pela arrebatadora esperança.
E com isto, recomendo o livro a leitores pacientes, capazes de encontrar o esplendor das linhas aparentemente tediosas.


Raquel Dias

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