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10 de fevereiro de 2013

tanto para dizer e tão pouco dito


um mundo de demasiados nomes,
e somam-se.
às tantas, quem é quem, que importa… os rostos dissolvem-se nas luzes, evaporam-se no sono. 
o quotidiano da efemeridade,
do adeus, até nunca,
quantas despedidas sem lágrimas

esta é uma terra de pedras.

*


morreremos em braços alheios?
será que nunca nos destacamos se não na nossa imaginação, no nosso universo paralelo,

pior: no meu universo paralelo?



*


precisamente no Verão de 1948 foi-nos apresentado Auguste Maquet numa pomposa festa parisiense. 
dois anos depois, em três volumes, uma túlipa negra brotou.
e eu que sempre amei as flores.


*

Concluamos as matemáticas desnecessárias, a folha quadriculada. Não quero voltar a subtrair-te.




Raquel DIas

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