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5 de fevereiro de 2014

time travel

Tombo na pele de uma velha moribunda; a vida vista das rugas vista das mágoas cheira a livros poeirentos a aposentos desfeitos a um leito rangedor ao teu amor insatisfeito. Vejo-me ao espelho de lábios rubros no escuro na solidão na agonia a vida vista das rugas é fria tal como os lençóis tal como a demência, meu amor, tal como a tua ausência. Como nos castigam os anos… será pela cobardia pela derrota que a pele morta se propaga? Ancorarei a teu lado quando esta luz for desligada?
Retomo a juventude os encantos tantos por enquanto que já o tempo voará no teu peito afogo os prantos, amor, ancoremos agora e já.


Raquel Dias

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